sexta-feira, 28 de outubro de 2016

ANO QUE NÃO TERMINOU

Faltando mais de sessenta dias para concluir 2016, não há dúvidas que entrará para a história do clube do povo. Começamos o ano com nova diretoria, dirigentes com profundo conhecimento de futebol, conbselho deliberativo revigorado e plural, com participação de setores da torcida alvinegra.

Clube sem elenco, a maior dificuldade foi montar um time as pressas para o estadual. O primeiro turno foi desastroso, com um treinador inexperiente e contratação de vários atletas de qualidade duvidosa.

A direção fez uma correção de rumos  e  após a chegada do renomado e vitorioso treinador Geninho, e uns poucos reforços, com uma reação fulminante o ABC recuperou a hegemonia  estadual e assegurou vagas na Copa do Nordeste e Copa do Brasil 2017.

Atingidos os primeiros objetivos, a frasqueira esntrou confiante na série C, principal competição do ano e a meta de retornar a série B.

O primeiro turno foi oscilante, mas com indícios que o time ia cresce na competição. Embalamos no returno, derrotando os principais adversários, conseguindo a classificação antecipada. Nas quartas de finais, dois grandes jogos  diante do Botafogo/SP, onde eliminamos o tricolor de Ribeirão e garantimos o acesso.

O ponto alto do ABC na temporada foi o primeiro jogo da semifinal diante do Guarani no frasqueirão, onde com uma atuação primorosa, digna dos tempos áureos do clube, goleamos o clube com melhor campanha na competição pelo clássico placar de 4 x 0, atingindo a marca de dez jogos invictos.

O jogo de volta estava marcado para o último fim de semana. O ABC não viajou dois dias antes para  o local da partida como havia feito na maioria dos jogos importantes da competição. Fez uma viagem a capital paulista  na véspera do jogo, onde pernoitou. Medida acertada, tendo em vista a torcida bugrina vir azucrinando o hotel onde ficavam hospedadas  as delegações adversárias. Poderíamos ter ficado também na região metropolitana de Campinas, mais próximo e com ótimos hotéis. O fato não é relevante, haja visto que a distancia São Paulo/Campinas é 100 KM, ótima estrada. Além disso, a Federação Paulista é sediada na capital, sede suntuosa que conheço e  como o pte. da FNF foi convidado para chefiar a delegação, poderíamos fazer contato com a FPF caso necessário.

Enfrentamos um grande problema no dia do jogo. O excelente time do genial técnico Geninho, talvez o melhor da competição, que a frasqueira estava com a escalação na ponta da língua, não entrou em campo.
Nosso ótimo goleiro não realizou defesas dificeis, nossos seguros zagueiros não estiveram absolutos nas bolas aéreas, nosso defesa não sofrera gol nos últimos três decisivos jogos anteriores. Nosso volantes, ferozes marcadores, deram total liberdade ao meia adversário Fumagalli, que havia sofrido implacável marcação individual no jogo anterior. Para piorar, nosso artilheiro aceita provocação, sendo expulso ainda no primeiro tempo. Ao final, um inacreditável 0 x 6, que eu só presenciara no Arruda em 2001, diante do Santa Cruz/PE, onde o ABC tinha uma equipe bem inferior a atual, que nos  reconduziu a série B. Logo após o apito final, a TV Brasil que transmitiu correu para entrevistar o camisa 1 alvinegro em busca de explicação para o inexplicável.

Para terminar o ano 2016, ficou faltando o ABC enfrentar o Guarani em Campinas. Teriamos chegado a decisão ?  Ficou a lembrança de uma  debacle semelhante ocorrida com a seleção Peruana na Copa 78.
Os peruanos foram primeiro do seu grupo, na fase preliminar, empatando com a Holanda (0 x 0), derrotando Escócia (3 x 1) e Irã (4x1). Na segunda fase fizeram jogo duro com o Polônia (0x1) e venderam caro uma  derrota para o Brasil, que precisou  jogar muito para marcar 3 x 0. Na última rodada, podiam perder para os argentinos até por 3 x 0  que  classificariam  o Brasil, mas caíram de 6 x 0. Essa é uma história diferente, deixa pra lá.

Agora que o ano não terminou, já começamos a planejar 2017, que é o que importa. A diretoria marca outro GOL DE PLACA, renovando com Geninho, um dos melhores técnicos que já tivemos. A proposta de aproveitar a  grande maioria  do bom elenco, continuar aproveitando valores da base e da  região nos  deixam confiantes para em breve, buscarmos o acesso  a série A e jogarmos uma série B sem sobressaltos.

Concluo registrando que nosso maior rival sofreu goleada maior  que a nossa. Em 1981, o Vitória/BA aplicou-lhe 8 x 1 em Salvador. Tres  anos a selegalo de Reinaldo, Paulo Izidoro e Cerezo marcaram 6 x 0 nos rubros, mas encarar o Atletico/MG no Mineirão não era brincadeira.

As próximas competições do ABC serão nas categorias de base, onde melhoramo a cada dia. Copa Ne em Novembro e Copa São Paulo  em  Janeiro. Melhor evitar jogos em Campinas. Não podemos arriscar deixar de entrar em campo novamente.    

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