domingo, 19 de julho de 2009

MUDAR O FOCO !!

A 12a. rodada colocou-nos numa situação ainda mais desfavorável. Escapar da zona do rebaixamento, somente nos proximos meeses. O momento é de nos concentrarmos em metas mais urgente. Somente voltando a vencer, poderemos lutar para continuar na "B".
Portanto, toda força diante do Guarani.

Flavio Lopes consegui melhorar o rendimento da meia-cancha, porém a defesa e o ataque continuaram a mostrar fragilidade.

O elenco, parece nivelado por baixo. Mudam-se atletas, mas o fraco rendimento permanece. Como não temos nenhum conjunto, é importante avaliar a quantidade de atletas, alguns veteranos, fora de forma. Prioritátio estabelecer-se uma relação de custo/benefício e Enxugar o elenco.

Indispensável analisar as consequencias do atraso no salário. Perderemos atletas formados no clube, se não receberem durante três meses.

Conselheiros, torcedores já mobilizam-se, para cuidar do ABC. Atual temporada,
mostra muito semelhanças com 2001. Repetiram-se erros, mas ainda pode haver tempo
para que outros seja evitados.

Como subsídio, localizei ooprtuna matéria do repórter Vicente Estevam, publicada na tribuna do Norte em 16/12/2001 :

2001 O ano negro do ABC

"Estamos investindo para levar o ABC à primeira divisão"
Judas Tadeu, presidente do ABC, antes do início da Série B.
O ano começou com promessas de classificação do clube para a primeira divisão.......e terminou de uma forma triste com a queda para a terceira divisão do Brasileiro.

Um ano que iniciou com muitos projetos e otimismo, acabou se transformando num período em que torcedores e dirigentes do ABC, certamente, vão pretender riscar da história do clube. Em 2001, acabou dando tudo errado para o Alvinegro, que viveu diversos períodos de crise interna, fez uma campanha apenas razoável no Campeonato do Nordeste, não conquistou o almejado pentacampeonato estadual e, para finalizar a temporada da pior forma possível, ainda foi rebaixado para terceira divisão do Campeonato Brasileiro, derrotado dentro de campo e no "tapetão".
Se é que se pode tirar alguma coisa de positivo desse relato de insucessos, esse ponto fica com a torcida. Mesmo insatisfeita, a massa alvinegra não abandonou o time em nenhum instante, nem quando as chances de recuperação da equipe dependiam de um "milagre".

As promessas foram muitas, elas começaram já no início da temporada com os dirigentes divulgando, aos quatro cantos, que não iriam medir esforços para o ABC conquistar o pentacampeonato estadual. Para a tarefa foi contratado o treinador Paulo Moroni. Disputando simultaneamente o Estadual e o Campeonato do Nordeste, o treinador não resistiu muito tempo sendo demitido na metade do primeiro turno do campeonato local após um empate contra o São Gonçalo, em Natal. Antes disso, o ABC havia sofrido uma impiedosa goleada do Santa Cruz, em Recife, 6 a 0. Arnaldo Lira foi contratado para comandar o elenco, teve a oportunidade de dirigir o clube na Copa do Brasil. Na primeira fase, a equipe eliminou o Náutico, com um empate or 2 a 2, em Recife e uma vitória de 3x1, em Natal. Com isso, o ABC credenciou-se a enfrentar o Flamengo, no jogo do ano. Mas o Rubro-negro necessitou apenas do jogo no Machadão, para eliminar o tetracampeão potiguar da disputa, vencendo por 3 a 1.

Acabava ali o período de tranquilidade da "era Lira". O técnico conseguiu levar o Alvinegro à final do primeiro turno do Estadual contra o Coríntians de Caicó, mas acabou massacrado com duas derrotas, ambas por 2 a 1, sendo que no primeiro jogo, no Machadão, sofreu a derrota de virada.
A partir daí Arnaldo Lira passou a se desentender com jogadores e membros da comissão técnica. A diretoria prestando apoio irrestrito ao técnico dispensou o goleiro Aílton Cruz, o lateral Jefferson, o zagueiro Mário César, o meio campista Carlos Zara e o atacante Tico. Mais tarde, ocorreram as dispensas do meia Lino e do também lateral Moisés, ambos por criticar o sistema de trabalho de Lira.
O clima de "terror" perdurou na Vila Olímpica até o empate contra o Alecrim, no segundo turno do estadual. Frente a grande cobrança da torcida, a diretoria foi obrigada a demitir o técnico brigão, que foi embora sem deixar a menor saudade. Disposto a promover uma grande reviravolta, o presidente Judas Tadeu acertou a contratação de técnico Mauro Fernandes. Com ele o ABC deixou a fase de brigas para entrar na fase das grandes promessas. Apresentando um otimismo exagerado, Mauro reafirmou os planos de conquista do pentacampeonato. Mas em que pese ter terminado sua série de jogos no estadual invicto, o técnico não conseguiu levar o clube à final do segundo turno. Um empate em 1 a 1 contra o São Gonçalo, dirigido por Paulo Moroni, acabou dando a vaga na final do returno ao América e o final dessa história a torcida potiguar conhece.

Depois dos seguidos tropeços na primeira parte da temporada, foi anunciado um plano mirabolante: o de levar o ABC para à primeira divisão do futebol brasileiro. Nos meticulosos planos de Mauro Fernandes estavam a necessidade de contratação de 18 jogadores. Confiante na possibilidade, o Presidente Judas Tadeu atendeu todos os desejos do técnico, que desmontou a base mantida há um ano pelo Alvinegro, sob pretexto da necessidade de montar um grupo de primeira linha.
Chegaram os goleiros Palmieri e Ney, os zagueiros Luiz Henrique, Júnior, os laterais Da Silva, Marcos, os meiocampistas Guará, Lima, Gutemberg, Rosivaldo, Valdomiro, mais Daniel Edgar, os atacantes Badico, Lúcio, Valdiney, Marcelo Buda e Cia. Resultado: mesmo tendo 45 dias de pré-temporada o grupo decepcionou desde a estréia na s´rie B, perdendo para o Ceará, em Natal. Depois veio a goleada de 4 a 0 para o Náutico, em Recife e aí sucessivamente. A campanha irregular tratou de mostrar logo que, ao invés de lutar para chegar à primeira divisão, o ABC, no máximo, brigaria para não cair.

A era Mauro Fernandes, que passou a ser taxado pelos torcedores de "falso profeta", acabou na derrota de 3 a 1 para o Anapolina, em Goiás, Pedrinho Albuquerque, o homem responsável pelo inédito título de campeão estadual do Coríntians de Caicó, aceitou o convite para tocar o clube no restante da série B.

Só que o panorama encontrado pelo treinador na Vila não era dos melhores. O grupo já havia dado sinais de fragilidade, devido as condições de finanças precárias, pouco pôde ser modificado. A campanha de altos e baixos continuou. Atuando em Natal, até que o ABC conseguiu fazer algumas boas apresentações, mas na casa dos adversários foi um desastre, o pior momento foi no jogo de volta contra o Ceará, quando foi derrotado por 6 a 1. Mas a festa cearense não parou nisso.

O Fortaleza, de Ferdinando Teixeira, veio ao Machadão e goleou o Alvinegro por 4 a 1, praticamente jogando por terra as chances da equipe evitar o rebaixamento. Mesmo "moribundo", o ABC lutou até a penúltima rodada para escapar da terceira divisão, o golpe final foi a derrota de 3 a 2 para o CRB.
Se dentro de campo o milagre pedido a São Judas Tadeu não veio, fora dele, abriu-se a possibilidade de evitar o pior através de um processo contra o Sampaio Corrêa, acusado de utilizar o zagueiro Douglas de forma irregular. Mesmo com as evidências mostrando que dificilmente o time maranhense conseguira livrar-se da perda de dez pontos, o caso transcorreu por um caminho inesperado pelos Alvinegros. Os auditores do Superior Tribunal de Justiça Desportiva aceitaram a tese de erro na citação apresentada pela defesa do Sampaio e, por 5 votos a zero, decidiram rejeitar o processo movido pelo departamento técnico da CBF. Sendo este, o melancólico fim da "via sacra" abecedista na temporada de 2001.

PERSONAGENS

Mauro Fernandes chegou a Natal cheio de planos mirabolantes e deixou o ABC em último lugar no grupo A da Segunda Divisão.

O goleiro Palmieri impressionou pelo tamanho (2,01), mas decepcionou a torcida com atuações fracas, sendo criticado pelo próprio preparador do time.

O atacante Badico veio para o ABC com fama de "matador", mas não conseguiu se firmar na posição e foi dispensado do clube.

A pouca técnica, a falta de raça e uma grande antipatia criada junto à torcida encurtou a estada do meio-campo Gutemberg no ABC

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